E, talvez a seguir, venham as coisas… caras!
Preparar e concluir uma prova de triatlo na distância mítica Ironman nunca será tarefa simples. Porém, mais e mais atletas em todo mundo, oriundos do triatlo, outras modalidades ou até mesmo diretamente do sedentarismo, concluem com êxito a prova. É um fenómeno mundial onde atletas amadores assumem o Ironman como um estilo de vida, com volumes de treino e resultados muito próximos de atletas profissionais, em torno do qual gira um enorme negócio.
Foi precisamente nos dois Ironman que tinha feito, durante os meses de treino de preparação, durante as provas ou após as mesmas, que vivi as maiores emoções e sentimentos de realização e superação pessoal. Depois do Ironman Barcelona 2015 e Challenge Roth 2017, o melhor estava para vir…
O Spirit of 78 Triathlon representa para mim a essência do desporto, do prazer de competir, de superação... Quando me falaram da possível realização da prova, de imediato associei-me à ideia. Sem promoção, sem fatores externos motivacionais, sem uma estrondosa linha de meta, sem medalhas, sem exposição, sem reconhecimento… Na maior simplicidade possível. Apenas porque sim. Porque adoro este desporto. Porque adoro levar o meu corpo para além de limites que julgava existirem. Porque adoro ficar com tão pouco para dar em prova e, com esse tão pouco, dar tudo e continuar.
Participar na primeira edição do Spirit of 78 Triathlon foi incrível. E não foi mais incrível do que as experiências anteriores apenas por não ter tido a mesma complexidade logística e financeira. Foi, de facto, uma prova em que todos os atletas deram tudo o que tinham para se superarem, para vencerem o adversário, para honrarem o apoio de todos os amigos e familiares que ali estavam a garantir que a prova fosse um sucesso, não faltando nada aos atletas, num ambiente fantástico de amizade, entreajuda e espírito de equipa. Apenas porque sim. Porque gostamos de triatlo de longa distância.
Pedro Reis
